Alunos de Enfermagem visitam Hospital Psiquiátrico Mahatma Gandhi
Conhecida por realizar atividades extracurriculares, paralelas ao conteúdo exposto em sala de aula, a Unijales levou os acadêmicos do 1º ao 4º ano do curso de Enfermagem para uma visita ao Hospital Psiquiátrico Espírita Mahatma Gandhi, em Catanduva-SP, conhecido também pelo trabalho realizado em dependentes químicos, no período de desintoxicação.
O objetivo da visita é que o aluno, futuro Enfermeiro, consiga observar em campo a realidade psiquiátrica brasileira, desmistificando assim, a ideia de que os pacientes são agressivos e mostrar que na realidade são pessoas carentes de contato físico e apoio psicológico. Raramente eles são agressivos.
A ida ao Hospital aconteceu no dia 16 de junho e foi organizada pela Coordenadora do curso, Luciana Aparecida Ribeiro Ramos. Os alunos puderam conferir como é o funcionamento do Hospital, conheceram todo o espaço físico, as atividades que são desenvolvidas, quais os profissionais engajados no trabalho nesse tipo de atendimento e o principal, tiveram contato com todos os pacientes internados.
Os acadêmicos de Enfermagem foram acompanhados pela professora Lidiane Carla Herrera Costa Saraiva e recebidos pela Enfermeira responsável do Hospital Mahatma Gandhi, Regina Maura Vitoreti.
“A doença mental é uma patologia que até os dias atuais permanece sem uma causa definida e por este motivo a sociedade discrimina o doente e tende a isolá-lo. Essa dificuldade em aceitar a doença se dá pelo fato de que tudo que desconhecemos, temos “medo”, receios de vivenciar algo que não sabemos como lidar. O transtorno mental é uma patologia visivelmente agressiva ao doente. A pessoa que sofre dessa doença acaba sendo abandonada e excluída da sociedade sem se quer ter o direito de ter sua cidadania exercida. Para seus familiares e para a sociedade, é só mais um problema a ser enfrentado e de preferência bem de longe, já que ninguém quer saber de ter essa carga sobre seus ombros, ou por causa de não saber lidar com a situação ou simplesmente por não querer lidar. Existem pessoas que acreditam que ao chegar perto do doente, podem pegar a loucura ou serem atacado, o que na verdade os doentes mentais, na maioria dos casos, não são agressivos”, explicou a professora Lidiane Herrera.