AULAS REMOTAS DURANTE A PANDEMIA: NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS ALUNOS DA UNIJALES
O nível de satisfação apresentado pelos alunos com o trabalho desenvolvido pelos docentes neste momento de pandemia, desde o dia 17 de março deste ano, ganhou importância significativa no replanejamento das aulas remotas para o segundo semestre, bem como na apresentação de propostas para as políticas internas da IES.
Para chegar a este resultado, foi elaborado um questionário pela direção e CPA (Comissão Própria de Avaliação), para que os alunos respondessem e pudessem opinar sobre vários aspectos ligados a este momento de excepcionalidade e mudanças significativas no processo ensino aprendizagem.
Os resultados apontam potencialidades e fragilidades das aulas remotas, mas demonstram que a aprendizagem ocorreu não só em termos de conteúdo, mas também na utilização das novas tecnologias, como se pode ver pelos gráficos e análises a seguir.
Questionados sobre a aprendizagem neste período de aulas remotas, em termos de conteúdo, 69,1% dos alunos consideraram a aprendizagem satisfatória e 6,3% plenamente satisfatória, fato que comprova a eficiência do trabalho desenvolvido pelos docentes e o comprometimento e disciplina dos alunos.
Quanto à aprendizagem em termos de utilização de ferramentas digitais, 76,1% consideraram a aprendizagem satisfatória e 6,5% plenamente satisfatória, demonstrando que as orientações e o respaldo prestado pelo setor de tecnologia da instituição e professores, quanto ao uso das ferramentas, foi muito eficaz. Para a maioria dos discentes que se posicionou nas questões abertas disponíveis no questionário, as aulas remotas não são ideais, mas foi a única solução para não deixá-los sem aula. Afirmaram, também, que sentiram muita falta das explicações dos professores, dos debates e trabalhos em grupo nas aulas presenciais.
Um fator que favoreceu muito a aprendizagem por via remota, foi o fato de 99,1% dos alunos terem acesso à internet em suas casas e a maioria com boa conectividade. Outros também foram essenciais, como é o caso da familiaridade com as novas tecnologias que cerca de 70% dos alunos destacaram ter, antes do início das aulas remotas.
Quando questionados se consideraram que as medidas tomadas pela instituição neste período de pandemia foram corretas, 93% dos alunos afirmaram que sim, fato que demonstra a preocupação, da grande maioria, não só com a aprendizagem, mas também com a saúde e preservação da vida.
Alguns dados obtidos nesta coleta de dados são relevantes para a tomada de decisões por parte dos Colegiados dos Cursos, além de proporcionar um espaço significativo para reflexões sobre o papel da tecnologia no processo ensino aprendizagem. Um deles, foi o referente ao questionamento sobre, se quando do retorno das aulas presenciais, as disciplinas devem continuar utilizando as ferramentas digitais de ensino a distância: 30, 2% disseram que não, 26% que sim e 43,9% que apenas em algumas disciplinas. Outro dado significativo, foi se eles fariam algum Curso de Graduação e de Pós-Graduação na modalidade EAD, ou seja, a distância: 59,6% dos alunos afirmaram que não fariam o Curso de Graduação e 56,1% que não fariam o de Pós-Graduação.
Estes percentuais nos levam a concluir que o formato on-line veio para ficar, em especial o ensino hibrido, onde o aluno tem aulas presenciais e on-line, combinando as vantagens de ambos. Ficou evidente, entretanto, que um percentual significativo de alunos ainda prefere as aulas presenciais, considerando a presença física do professor, essencial para a aprendizagem. Sendo assim, temos muito sobre o que refletir para decidir sobre como caminhar rumo ao futuro, pois como já afirmei em outra oportunidade, cada uma dessas modalidades tem suas próprias especificidades, sendo voltadas para públicos com características distintas. Vem, portanto, muita transformação e trabalho por aí, principalmente para nós que amamos e acreditamos na educação como alternativa de desenvolvimento de um país.
Prof. Me. Rosangela Juliano Bordon Bigulin
Diretora de Graduação do UNIJALES